quarta-feira, 10 de março de 2010

American IV, Puro


American IV: The Man Comes Around é o album que vem no seguimento do vencedor de Grammy´s , American III: Solitary Man de 2000.

É uma colecção deliciosamente excêntrica que vai dos originais Cash até algumas covers. Na capa simplesmente se lê "CASH", e isso é realmente tudo o que precisa de dizer. Este disco é para fãs hardcore do mestre, mas não importa, porque parece que nesta fase da sua carreira, Johnny Cash quer e pode fazer a música que ele gosta, a que lhe dá na gana.

Não é country, não é rock, não é folk, mas é de tudo isso e muito mais. It's just Johnny Cash. Primeira faixa, "The Man Comes Around", abre o disco com um conto de Morte, o cavaleiro branco, uma canção simples de folk acústico com um Cash ainda poderoso na sua voz de trovão. O tempo também passou por ele, mas ainda é "Cash", e ainda trememos com a sua voz de enviado de um Deus superior. Um acompanhamento de viola é tudo o que veste aquela voz, e é tudo o que é preciso.

As surpresas deste disco são as escolhas das covers que fez, como em outros trabalhos as escolhas recaem em todos os estilos, desde os “Nine Inch Nails” aos " Depeche Mode ", passando por clássicos como” Simon & Garfunkel " e os oldies "Danny Boy" e "Streets de Laredo", Johnny atravessa estes géneros com uma elegância extrema e volta a fazer as suas próprias musicas como o incrivel "Give My Love To Rose" e "Sam Hall".

De todas as músicas deste álbum duas delas são para mim geniais "In My Life" dos Beatles e “Hurt” do Trent Raznor. O tema dos Beatles sempre foi um tema de surpreendente profundidade e clareza, especialmente quando se considera como eram jovens Lennon / McCartney quando a escreveram, aqui, cantada por um homem que viveu uma vida longa, dura e surpreendente, é de tirar o fôlego. A música torna-se tudo o que era suposto ser nas mãos de Cash, tocando o coração e a alma, com todas as nuances do seu significado mais profundo.





Já em "Hurt", esta música está no meu mais secreto Top Ten de musicas da minha vida, é difícil encontrar as palavras adequadas para descrever a sua simplicidade, sua majestade, o seu brilhantismo, nunca a palavra Genial encaixou tão bem como aqui.

Cada música neste álbum é surpreendente, é de longe e com diferença dos álbuns que mais ouço, sempre que preciso de fazer um reset ao sistema coloco este vinil e tudo se resolve, ate algumas musicas cuja a escolha pode ser questionavel como Desperado" dos Eagles, aqui, fica brilhante.

Como definir este trabalho do mestre? É como beijar pela primeira vez ao som de uma música do Tom Waits...!

Eu acho que a melhor coisa a dizer é apenas:

It´s pure Johnny Cash.





quarta-feira, 25 de novembro de 2009

For all the boys and girls of the World


Os "The Hold Steady" estão num limbo musical - o som é definitivamente mais rock clássico do que indie rock, mas dado que esse tipo de som não está realmente em voga, são considerados indie ... e mais, vamos ser honestos, o estilo vocal de Craig Finn não é propriamente apelativo, não entra à primeira.
O homem é um songwriter puro e a banda tem habilidade técnica e energia de sobra.
Tudo isso está bem exposto no disco dos The Hold Steady, Boys and Girls in America, resultando no melhor disco da banda até à data e, muito sinceramente, um dos melhores álbuns de 2006.


Existe um teste simples para determinar se vais gostar deste álbum:
Quando, durante a introdução da primeira faixa, "Stuck Between Stations", a bateria entra misturado com a guitarra e um riff de piano "Springsteeniesco", se ficares arrepiado, estás dentro do espírito "The Hold Steady", com grandes coros e um som que traz à mente o que aconteceria se a E Street Band e os Replacements tivessem um bebé.
A musica First Night é soberba, musicalmente roça a perfeição, a harmonia entre os instrumentos é inacreditável.
Boys and Girls in America é um álbum bom de se ouvir, com alguns momentos vertiginosos e que dá prazer explorar. É uma pena que não exista um nicho de mercado maior para os The Hold Steady, porque se houvesse justiça eles seriam enormes, mas tanto melhor para nós que gastamos tempo a procurar e descobrir este tipo de música.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

ZZ Top kind of...

Deixo aqui uma sugestão de uma recente descoberta enquanto surfava pela www


Benji Hughes, um americano que surpreende pela simplicidade com que escreve mas ao mesmo tempo torna tudo muito apetecível.

Aqui fica um exemplo do duplo álbum de estreia.


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Isaac Hayes

regresso com más noticias...

Morreu o grande, o enorme senhor do Soul e com apenas 62 anos! Isaac Hayes

R.I.P



e muito apropriado...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

De volta...

...em breve.

terça-feira, 4 de março de 2008

Sizo

De volta a Portugal.
Descobri esta banda através do Conejo, camarada de luta.
Em boa hora pois são a coisa mais fresca que ouvi por cá nos últimos tempos.
Sizo é o nome, o site é www.deathtosizo.com e 1º álbum chama-se "Nice to Miss You"
Confesso que quando ouvi o álbum as primeiras vezes não fiquei imediatamente apaixonado mas depois fui ve-los ao vivo, e tudo mudou...



Foi no Tertúlia Castelense que o concerto não começou sem que o idiota do guitarrista dissesse que não começavam a tocar enquanto as pessoas não se levantassem das cadeiras, o sarrafeiro e homossexual do organista sorriu com ar de desprezo e a malta la se pôs de pé...
E eu claro, go with the flow para não parecer o urso da sala.
Começa o concerto e destaque imediato para o João "precisa de Prozac" Guedes na voz, distorcida como em digital mas com garra. Coitado(a) de quem tem de tratar da roupa dele.
O baterista é que me pareceu um tipo estranho, assim como que fosse um tipo... estranho, mas a tocar esteve muito bem, sim, o estranho não era a tocar, era mais do tipo, um dia no JN aparece uma noticia a dizer que um gajo qualquer decapitou três tipos na rua com um sinal de STOP e eu diria, deve de ter sido aquele baterista dos Sizo.
Bem, pelo menos dava trabalho a quem coloca STOP's nas ruas, e dar trabalho a alguém é sempre humano, é incrível.
Por fim o baixista, ganda malha! A Alma da banda, o pistão do motor, a bala no revolver, a lâmpada no candeeiro, o casco do navio, a piada do Johnny Drama. Sem ele esta banda não existia, e o mais curioso é que passa despercebido, não musicalmente. É o cérebro, é o líder e mais do que tudo é a ponte que os une como seres humanos.

Tirando isto, concerto do caraças, ao vivo são muito bons (em especial o baixista, (não me canso de o dizer), ao vivo a coisa é mais orgânica, mais imediata, mais humana.

Para finalizar, estive com alguns membros da banda no fim excepto o baterista porque tenho medo dele e com o baixista que parece que teve de sair mais cedo porque o irmão dele esteve preso e como tal foi ter com ele, uma atitude bastante humana. Os outros estive um pouco a conversa com o guitarrista que não memorizei o nome mas que é fácil de reconhecer na banda porque é aquele que está a perder cabelo e ele disse-me que curtiu muito a forma como eu aplaudi durante o concerto.

O organista tinha ido lá fora fumar o que me pareceu ser tabaco de enrolar.

O vocalista já estava muito mais calmo e fiquei admirado com o facto de ele ao vivo não ter a voz distorcida, incrível. Na Internet arranjam-se cenas do caraças.

Bem, deixo aqui dois vídeos, um é o tele disco e o outro são imagens deste concerto que vos falei.








P.S Concerto do catano, banda do catano. Vejam no site deles onde vão tocar em breve e não percam, é mesmo bom, fresco e com atitude, como deve de ser o rock.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Extra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Desculpem a interrupção da tematica sobre bandas portuguesas, que segue dentro de momentos, mas não podia deixar passar isto em branco...

Confirmado, no Alive 2008 NEIL YOUNG!!!!!!!!!!!!!



O concerto dele em Vilar de Mouros foi um dos melhores da minha vida, recomendo vivamente.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A banda do Caco

Zen
Não, não estou a falar da cena Budista.
Estou a falar de uma das melhores bandas que vi actuar na minha vida, ao vivo eram demolidores.
Os Zen oriundos cá do burgo inBicta era constituídos por 4 elementos
O Ruizinho na voz era impressionante, não até pela voz propriamente dita mas pela atitude, e no rock isso é 90%
Secção rítmica...a melhor dupla portuguesa de sempre!
Miguel no baixo com uns dedos impossíveis e o André na bateria com um power imbatível, ele é o John Bonham português.
Na guitarra the one and only Jorge Coelho, riffs inesquecíveis, a mente desta banda.

Infelizmente o que é bom acaba depressa e os Zen não foram excepção, começaram em 1996 e acabaram em 1999, depois disso ainda tentaram com outro guitarrista e depois com outro vocalista mas já nunca mais foi a mesma coisa.
O seu mais famoso álbum teve também o condão de ter um dos melhores títulos criados para um trabalho "The Privilege of Making the Wrong Choice".


Em 1999 deram um mítico concerto de despedida no saudoso Hard-Club

Deixo-vos 3 exemplos da grande musica destes rapazes.





P.s O titulo é uma "private joke", um dos meus melhores amigos é fã desta banda.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Nocturno

Durante uma semana vou escrever neste blogue apenas sobre música portuguesa.
Não sou um dos que partilha da opinião de que as bandas/artistas portugueses devem de escrever letras em português, acho que a música é mesmo universal, para mim existe a boa música e a má, se é escrita na nossa língua ou noutra é indiferente.

Posto isto...

Começo em grande pois vou escrever sobre aquele que é para mim o melhor álbum português de sempre!



Nocturno » Bernardo Sassetti Trio

Sassetti faz-se acompanhar por dois magníficos músicos, o grande Carlos Barreto no contrabaixo e o gigante Alexandre Frazão na bateria. Três músicos de eleição.
O Carlos Barreto é reconhecidamente um dos melhores musicos nacionais, o Alexandre Frazão é "the best drummer in Europe", "Truly excellent" nas palavras de um mestre mundial de Jazz, o baterista Peter Erskine.
Bernardo Sassetti é como alguém disse um dia "um génio para o mundo descobrir".



Este disco é uma obra prima, musicas algumas originais outras de génios contemporâneos, gravado em Belgais no estúdio da nossa mui nobre Maria João Pires o que proporcionou uma atmosfera magica como é descrito no encarte do CD.
Recomendo vivamente que comprem este álbum pois é intemporal e tenho a certeza que vos ira fazer companhia durante muitos e muitos anos.
Raramente escrevo a palavra genial, mas esta é sem duvida uma das vezes que a tenho de usar.
Acho mesmo que é um disco genial, é para mim o melhor disco português de sempre.

Deixo-vos aqui um exemplo, é a faixa 4 que dá o nome a este trabalho.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Live Trax 10 vol.


E perguntam vocês...o que é isto?
Isto, é isto:


Sim, e o que é isto?
Isto é a maior surpresa que tive nos últimos anos, uma banda que eu adoro veio finalmente tocar a Portugal, um concerto fora de serie que esta no meu top 5 dos melhores concertos que vi na vida, e como se não bastasse eles também gostaram muito.
Porque?
Porque o Live Trax vol.10 é a edição em disco desse mesmo concerto, acho que não iriam editar um cd de um concerto que não lhes tivesse corrido bem...digo eu.

25 de Maio de 2007, Pavilhão Atlântico como nunca vi, cheio, a abarrotar!
A banda é Dave Matthews Band!
Comecemos pelo inicio, a abertura da noite ficou á responsabilidade de um tal de Tom Morello que não sei quem é mas que me disseram que é o guitarrista de uma bandazita americana, Rage Against the Machine, nunca ouvi falar mas o homem ate lhe dava bem na guitarra...

Depois foi o fim do mundo em cuecas, Mr. Dave e amigos entraram e foi sempre a subir, literalmente, começaram devagar e depois foi até ao êxtase final

Resultado final, o maior concerto de 2007 da banda com um raríssimo duplo encore e com palavras pelo meio como "vocês são incríveis" ou " o que temos vindo a perder" ou "não vamos demorar muito tempo a voltar" ou então " you're the livest audience we ever saw", não deviam de estar a fazer favores, digo isto por causa daquele pormenorzinho...editaram a porra do concerto!!!!!!!

Ouçam o concerto, tem momentos incriveis de pura comunhão entre a banda e o publico, ainda hoje me emociono com a entrada e o começo do "Everyday"
Foi um dos melhores concertos da minha vida, inesquecivel.

Deixo prendas, são as que se arranjam, é isto...

Os primeiros do concerto em Portugal e mais dois do grandioso concerto no Central Park










P.s A primeira parte do Tom Morello foi muito boa naquele registo de intervenção e a solo, daqui a uns meses...Bulls on the Fucking Parade....Alive08

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

QOTSA

Não é natal, mas mesmo assim vou colocar uma porrada de videos de uma das minhas bandas preferidas, um passarinho disse-me que eles vão cá voltar este ano e se for no Alive, vai ser o fim do mundo, RATM e QOTSA no mesmo fim de semana?!??!?!!



Queens of The Stone Age, banda incrível com um power dos diabos (literalmente) e com actuações ao vivo extraordinárias, quem os viu não esquece.
Tres grandes momentos que vivi com eles, dois concertos em Paredes de Coura e um concerto memorável no Teatro Sá da Bandeira!

Deixo-vos alguns vídeos:
In My Head
Go With the Flow em Paredes de Coura 2003
The Lost Art of Keeping a Secret no Jools Holland
I Never Came em Montreux
No One Knows (final) Paredes de Coura 2005

enjoy...










quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Radiohead

Os Radiohead são uma referencia musical para mim, são um dos expoentes máximos do que melhor se fez na velha Albion no anos 90 and so long...



Uma das coisas que também sempre achei piada aos Radiohead são os vídeos, são sempre muito bons e acima de tudo originais, o novo álbum de 2007 não foge a regra e o primeiro single tem um excelente vídeo que aqui deixo.
O segundo vídeo é de um clássico deles tocado no inevitável Jools Holland Show


Jigsaw Falling Into Place by Radiohead


No Surprises by Radiohead

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Um senhor!

Começo o ano com um clássico.
Um homem dono de uma voz extraordinária e um carisma fora do normal, nunca conheci ninguém que dissesse que não gosta do Tony Bennett, nunca.

Os álbuns que recomendo são estes dois:






Sendo os dois muito bons, prefiro o primeiro que acho magnifico!

Deixo aqui dois "iutubes" que gosto particularmente, no primeiro ele juntamente com outra grande voz de NY interpretam uma musica que me é particularmente querida, no segundo um dueto impressionante com um "monstro" da música, vejam até ao fim, vale a pena.



Tony Bennett and Billy Joel Grammy Awards 2002 Playing New York State of Mind



Tony Bennett and Stevie Wonder - For Once in my life live

Bom ano...eu sei que venho atrasado mas tenho andado atarefado...com outras músicas...mas com música.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O melhor do ano!

Hoje é o ultimo dia do ano e como tal passo por aqui com o propósito de vos desejar um ano de 2008 cheio de saúde e muita musica.
Aproveito também para deixar o meu sincero obrigado aos que por aqui passaram durante este ano e tiveram a pachorra de aturar alguns devaneios musicais "impostos" por mim.

Por fim quero eleger o que para mim foi o álbum do ano, a lista infelizmente não era grande mas a escolha final recaiu sobre aquele que considero o mais completo de todos os que ouvi em 2007, em segundo lugar ficou o álbum que esta na minha anterior postagem por quem me apaixono mais todos os dias.

Mas aquele que acho que foi o "Vintage" do ano é este...



Sky Blue Sky dos Wilco

É um álbum extraordinário, e ou muito me engano ou ainda vamos ouvir falar muito dos Wilco, não será para breve mas o tempo vai consagra-los, estão na música a fazer diferença. Fica o video gravado no Jools Holland, um companheiro meu aqui do blog em 2007.



You Are my Face by Wilco

Um grande ano de 2008 para todos
Até já...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Surpresa de Fim de Ano

E não é que já estamos no fim do ano e ainda houve tempo para uma surpresa...
Um disco SOBERBO! MARAVILHOSO!



"Raising Sand" é o seu nome e os interpretes são magníficos
Robert Plant e Alison Krauss
Todo o disco é bonito, intimista e com músicos excepcionais como por exemplo o mago Marc Ribot na guitarra.
Uma bela prenda de fim de ano.
Ouçam, por favor.

Deixo-vos dois vídeos, o primeiro de uma música perfeita e o segundo de uma entrevista com os dois.


Killing the Blues by Robert Plant & Alison Krauss



Making off and interview

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Hendrix Variations

Um clássico! Little Wing do grande Jimi Hendrix, artista este que lhe estou a dever aqui um post, não está esquecido.



Deixo aqui 3 videos desta musica, o primeiro é com a musica original e só arranjei um slide show, o segundo são as The Coors e por fim um video explosivo:
Eric Clapton e a sensual Sheryl Crow num dueto incrivel, a banda é surreal se não vejamos...
Teclados: o já aqui falado gigante Billy Preston
Baixo: O Mr. Nice Nathan East
Saxofone: O virtuoso Dave Sanborn
e claro na Bateria: O maior! o Grande! Mr. Groove...Steve Gadd
Reparem no fabuloso solo do Dave Sanborn e como o Clapton e a Sheryl se riem da enormidade de músico que ele é!
O Original e duas versões de uma música muito, muito bonita.


Little Wing by Jimi Hendrix


Little Wing by The Coors


Little Wing by Eric Clapton Band & Sheryl Crow

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Fogo no Minho

17 de Agosto de 2005

Uma data que eu e milhares de pessoas jamais vamos esquecer!
Um dia de Agosto como outros tantos, não estava muito calor mas isso estava prestes a mudar...
Local: Paredes de Coura
Hora: 20:00
Porque: Festival de Paredes de Coura
Alinhamento: The Futureheads, Hot Hot Heat, The Arcade Fire, The Roots, Queens of the Stone Age e os pixies
Os primeiros passou um bocado ao lado, quanto a pixies...fuck the pixies, The Roots grande groove e bom concerto e QOTSA sou fã incondicional, grandeeeee concerto, muito power. Podia ser o concerto da noite não fosse...

Ok, escrevo estas linhas para vos falar da magia que foi o concerto dos Arcade Fire.
Um fim de tarde inesquecível, jamais esquecerei que ia pela ladeira abaixo e comecei a ouvir uns sons de palco, um grupo de raparigas passa por mim a correr e uma delas que eu conhecia grita "VAI COMEÇAR, VAI COMEÇAR...CORRE", e eu pensei para comigo "cambada de histéricas" (desculpa Mafalda se estas a ler isso mas foi o que pensei, mas já me vou retratar), vai dai que começa o concerto e aqueles primeiros acordes nunca mais me vão sair da cabeça, jamais esquecerei os primeiros momentos da musica "Wake Up", tema de abertura, foi surreal! Fui atingido como se fosse um relâmpago, fiquei "amarrado" durante uma hora e sete minutos.
Foi mais uma vez amor, quem lá esteve sabe o que estou a dizer, já li algumas criticas que diziam que foi um dos melhores concertos de sempre em Portugal, pessoalmente está seguramente no meu Top 10, e eu já vi muitos, mesmo muitos concertos.
Por isso Mafalda, desculpa os meus pensamentos. Das duas uma, ou aquilo não era histerismo ou se era eu sou também histérico, pelo menos depois fiquei porque não me calei com isto durante uma ano!
Deixo aqui 3 exemplos, os dois primeiros do dito festival e o ultimo um original do ultimo álbum deles "Neon Bible", a musica chama-se "Intervention", foi gravada numa Igreja e é lindíssima.




Arcade Fire in Paredes de Coura



Arcade Fire in Paredes de Coura




Intervention by Arcade Fire

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dia D ou... LZ

É hoje, começa as 19.30 o concerto do Século!
Como tal hoje não passa por aqui nada que não seja Led Zeppelin, um concerto que fez com que 200 MILHÕES de pessoas se inscrevessem para ter uma hipótese de assistir, sem precedentes, nunca tal foi visto!!!
Por isso deixo-vos aqui o, para muitos, exemplo máximo da musica dos Deuses do Rock.



Stairway to Heaven by Led Zeppelin chosen by Coelha

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Amor e Deus

#23

Um bom exemplo de como o cinema pode ajudar alguém a ser reconhecido, mesmo que tenha vindo tarde…

O Senhor Johnny Cash que teve uma vida atribulada, teve mais baixos que altos mas que deixa um legado musical impressionante.

Foi um daqueles exemplos de como a sua vida deixou marcas na música que compôs de uma forma umas vezes subtil e de outras muito directa.

Ouvir a musica do Senhor Johnny Cash é na maior parte das vezes um exercício de purificação e também um processo de fé, sendo eu ateu é estranho dizer isto mas a verdade é que muito poucas vezes na vida tive a sensação de que Deus poderia existir e algumas delas foi na “presença” do Senhor Johnny Cash, isto explica-se talvez pelo facto de poucos exprimirem a sua fé de uma forma tão simples mas convicta como faz este Senhor, muitas vezes me levou a pensar que deveria de haver algo maior pois ninguém poderia declamar o seu respeito, admiração e devoção da forma que ele fez(faz) e no fim não existir nada! Ele devia de saber algo mais do que eu, só assim se explica tamanha devoção, tamanha entrega.

O que é muito bonito é que Ele sempre o fez de uma forma muito simples, honesta e acima de tudo sem fanatismos, sem querer impor, sem ofender quem não acredita. Fossem mais assim e haveria mais crentes no mundo.

Pouco antes de morrer o Senhor Cash deixou-nos mais um relíquia que dá pelo nome de American V, um álbum que foi lançado após a morte dele e por isso pelo menos para mim tem uma força maior, não que precise de muleta mas pela carga emocional.

Deixo-vos aqui dois exemplos deste álbum, o primeiro foi single e o clip teve como podem ver uma legião de fãs a querer participar e muitos, mesmo muitos não conseguiram entrar. Uma letra poderosa! Prestem atenção.

O segundo clip é de uma música sublime. Não digo mais nada sobre ela.

Quem me conhece sabe o quanto desprezo o uso em vão da palavra génio ou genial.

Mr. Johnny Cash foi um dos génios que passou pela terra.





God's Gonna Cut You Down by Johnny Cash



If You Could Read My Mind by Johnny Cash

domingo, 2 de dezembro de 2007

Ornamentos de cor roxa

#22

Era uma vez o Sr. Elísio, o Sr. Cruz, o Sr. Inorme, o Sr. Prata e o Sr. Peixinho.
Eram um grupo de amigos que jogava à sueca no Jardim de S. Lázaro nos dias de sol e quando a cidade escurecia iam até ao Cine-Teatro Júlio Dinis na rua Costa Cabral aos bailaricos dos bombeiros. Reza a lenda que foi ai que conheceram um senhor que dava pela graça de Sr. Espadinha, vendedor de Restaurador e Petroleo Olex , poeta nas horas vagas e que tinha uma paixão assolapada pela Dona Mirita, viuva do falecido Sr. Jaime que trabalhava nas aguas do Porto.
Dona Mirita, senhora de orgulho tripeiro e de resposta rapida na ponta da lingua, não fosse ela dona de um pequeno comercio de venda de sementes hortícolas e florícolas no mercado do Bom Sucesso.
Um belo dia o Sr. Espadinha inspirado por um conhecido cigano amigo, portuense, depois de uma viagem a capital, deu-lhe uma vontade, perdeu toda a timidez e virou-se para ela de peito feito e disse:

" A cidade está deserta,
E alguém escreveu o Seu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!"

Dizem que foi assim que o Sr. Elísio, o Sr. Cruz, o Sr. Inorme, o Sr. Prata e o Sr. Peixinho se inspiraram depois para no coro da Igreja compor uma musica a que chamariam " Mirita...Ouvi Dizer que o Espadinha, parceiro de cartas do Inorme, gosta de ti", no coro eram conhecidos por serem 5 bibelôs porque so la estavam para ornamentar, e como era Quaresma...logo, eram roxos, como tal ficaram conhecidos ate hoje como os "Ornamentos de cor Roxa"

Desde então que surgiram ao longo dos anos outras versões desta historia, eu gosto de acreditar que foi assim que o melhor álbum de musica portuguesa ate hoje nasceu...


Ouvi Dizer by Ornatos Violeta ou a melhor banda portuguesa de sempre